Escolha de Dubeux para conselho da Petrobras gera críticas e ironias entre aliados de Haddad e Prates em meio a conflitos políticos.

O governo está prestes a fazer uma mudança importante no conselho de administração da Petrobras. Para atender aos interesses da dupla Haddad-Prates, o advogado Dubeux foi escolhido para ocupar a vaga que será deixada por Sergio Machado Rezende, cujo mandato termina no dia 25 deste mês e não pode ser renovado.

Segundo informações apuradas pela coluna, a decisão de escolher Dubeux como braço-direito de Haddad foi comunicada aos conselheiros na noite passada. Apesar disso, alguns grupos ligados ao ministro de Minas e Energia e ao chefe da Casa Civil não receberam a notícia de forma positiva, chegando a ironizar a escolha com comentários no WhatsApp.

O presidente Lula, conhecido por seu estilo de gestão que estimula o conflito, expressou sua insatisfação com a situação durante uma reunião realizada na última segunda-feira. Ele pediu aos ministros e a Prates que evitem causar mais problemas, principalmente em um momento de queda de popularidade.

É importante ressaltar que as remunerações pagas aos 11 membros do conselho de administração da Petrobras estão entre as mais altas entre as empresas públicas, porém, ainda inferiores às recebidas por integrantes do conselho da Itaipu. A participação no conselho da Petrobras é vista por alguns como uma oportunidade de enriquecimento do currículo, mais do que pelo pagamento recebido.

A legislação das estatais estabelece diversas condições para que um indicado possa fazer parte do conselho de administração de uma empresa pública, sendo uma delas não ter ocupado cargo de dirigente partidário nos últimos 36 meses. Os indicados passam por uma avaliação criteriosa para garantir que atendam à política de nomeação da empresa.

Em suma, a escolha de Dubeux para integrar o conselho da Petrobras reflete os interesses políticos em jogo e a influência que essas decisões têm sobre a gestão da empresa e sua estratégia de atuação.

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