Escândalo na licitação dos livros do governo paulista: Plural assume contrato após Littere ser desclassificada erroneamente. Secretaria instaura sindicância.

No centro de uma polêmica envolvendo a entrega de materiais didáticos para o governo paulista, a gráfica Plural recentemente realizou um serviço considerado “rápido” devido ao “cronograma apertado”, de acordo com a empresa. Os materiais em questão são conhecidos como “caderno do aluno” e fazem parte do programa Currículo em Ação.

A situação se complicou quando a secretaria responsável anulou o contrato inicialmente firmado com a Plural e concedeu mais prazo para a editora Littere apresentar sua documentação. A editora teria enviado seus documentos à Secretaria da Educação em 18 de outubro, data em que a pasta emitiu uma nota de empenho para a empresa, reservando o valor a ser pago pelo governo.

No entanto, de acordo com a Secretaria da Educação, a Littere foi “desclassificada erroneamente antes que pudesse recorrer da medida”. Após uma revisão, a empresa foi reclassificada e teve sua homologação confirmada. A secretaria também informou que acionou a Controladoria Geral do Estado e instaurou uma sindicância para apurar o ocorrido.

O valor estipulado na licitação era de R$ 273 milhões, e a Littere apresentou a proposta mais baixa, no valor de R$ 220 milhões. No entanto, com a perda do contrato, a Plural decidiu assumir o serviço pelo mesmo preço oferecido pela concorrente.

A Plural alega que a Littere teria apresentado atestados falsos na fase de habilitação da licitação, uma acusação que a editora nega, classificando-a como “inverídica”. A Littere afirmou que a veracidade dos documentos apresentados em processos licitatórios é responsabilidade do órgão licitador, não de um concorrente derrotado.

O caso segue em desenvolvimento, com a secretaria garantindo que seguirá o “cronograma previsto” para a entrega dos materiais didáticos.

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