Segundo os promotores, Trump se declarou inocente das 34 acusações de falsificação de registros comerciais apresentadas por Alvin Bragg, promotor de Manhattan. O ex-presidente nega veementemente ter tido qualquer encontro sexual com Daniels, dando início a um processo judicial que interessa não só aos americanos, mas também a todo o mundo.
Esse caso é considerado por muitos especialistas jurídicos como um dos menos consequentes dos processos enfrentados por Trump, porém ainda assim pode ter um impacto significativo em seu futuro político. Um veredito de culpa não o impediria de assumir o cargo, mas poderia comprometer suas chances em futuras eleições.
Uma pesquisa recente da Reuters/Ipsos mostrou que metade dos eleitores independentes e 25% dos republicanos não votariam em Trump se ele fosse condenado por um crime. Isso evidencia a importância desse caso não só do ponto de vista legal, mas também político.
Os promotores alegam que o pagamento feito a Daniels fazia parte de um esquema mais amplo de “pegar e matar”, orquestrado por Trump, Cohen e David Pecker. Pecker, ex-diretor executivo da editora de tabloides American Media, é apontado como testemunha chave nesse processo, após concordar em atuar como “olhos e ouvidos” da campanha de Trump em busca de informações negativas antes da eleição de 2016.
O desenrolar desse caso promete manter a atenção não só dos americanos, mas de todo o mundo, enquanto novas revelações e depoimentos são aguardados nos próximos dias e semanas. O impacto desse escândalo na carreira política e na imagem de Trump ainda está por se desenhar, mas seu desfecho certamente terá consequências significativas.