O golden retriever, pesando 47 kg e considerado um animal de grande porte, foi embarcado no porão de um voo da Gol para Sinop (MT), porém, acabou sendo enviado para Fortaleza (CE), em uma viagem quatro vezes mais longa do que o planejado. O tutor de Joca, João Fantazzini, atribui a responsabilidade pela morte do cão à companhia aérea e lamenta a perda do animal de estimação.
Especialistas em saúde e direito animal destacam os riscos enfrentados pelos pets durante o transporte aéreo, incluindo ferimentos, estresse, desidratação, hipotermia e até mesmo a morte. Adroaldo José Zanella, professor especializado em bem-estar animal, ressalta que o estresse do animal nessas situações pode resultar em complicações metabólicas e até mesmo no óbito, especialmente em casos de predisposição ou idade avançada.
A Gol emitiu uma nota lamentando o ocorrido e admitindo um erro operacional que levou à morte de Joca. A empresa suspendeu temporariamente o serviço de transporte de cães e gatos pela Gollog Animais e pelo produto Dog&Cat + Espaço para o porão, até a conclusão das investigações internas. A norma da Anac que regula o transporte aéreo de animais permite a presença de pets na cabine apenas para animais guia.
Por outro lado, advogados e defensores dos animais apontam a necessidade de mudanças no modelo de transporte de pets, defendendo a presença de veterinários durante todo o trajeto, além da possibilidade dos tutores viajarem ao lado de seus animais na cabine de passageiros. A justiça já tem se pronunciado a favor de permitir que animais sensíveis e com doenças graves possam viajar junto com seus tutores, mostrando uma crescente preocupação com o bem-estar dos pets durante o transporte aéreo.