Em seu comunicado, Grundberg afirmou que em breve contatará as partes para estabelecer um plano sob proteção da ONU que inclua esses compromissos e ajude na sua implementação. Este plano e o cessar-fogo também incluirão o compromisso mútuo de retomada das exportações de petróleo, pagamento de todos os salários do setor público, abertura de estradas em Taiz e outras regiões do Iêmen, além do alívio adicional de restrições ao aeroporto de Sana e ao porto de Hudaydah.
A coalizão militar liderada pelos sauditas está intervindo no conflito do Iêmen há mais de oito anos, após os houthis terem derrubado o governo reconhecido internacionalmente em 2014. No entanto, em setembro as autoridades houthis visitaram Riad pela primeira vez desde o início da guerra. Antes disso, houve uma primeira rodada de consultas mútuas mediadas por Omã, realizadas em paralelo com os esforços de paz da ONU, quando enviados sauditas foram a Sana em abril.
A iniciativa de paz ganhou força depois que Arábia Saudita e Irã concordaram em restabelecer laços, em um acordo mediado pela China. Um cessar-fogo permanente no Iêmen seria um grande avanço para estabilizar o Oriente Médio.
O comunicado do enviado especial da ONU traz esperança de um futuro mais pacífico para o povo do Iêmen, que há tanto tempo sofre com os impactos devastadores do conflito. A pressão agora recai sobre as partes envolvidas para que cumpram seus compromissos e garantam a implementação efetiva do cessar-fogo e das medidas para melhorar as condições de vida no país. A comunidade internacional aguarda com expectativa a concretização desses compromissos e o progresso para a retomada de um processo político inclusivo sob a proteção da ONU.