De acordo com o estudo Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), estima-se que até 2030 a demência afetará 2,78 milhões de pessoas e, até 2050, mais de 5,5 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais conviverão com a condição. Considerando o impacto significativo desses dados, surgem questões relacionadas às doenças de Alzheimer e Parkinson, que despertam a curiosidade e a preocupação de muitas pessoas.
Começando pela questão da cura, é importante ressaltar que essas doenças são distintas entre si e, até o momento, nenhuma delas possui cura. No entanto, através de medicação, é possível amenizar e retardar a progressão dessas condições. O neurologista Ivan Okamoto, do Hospital Albert Einstein, afirma que seu objetivo é oferecer qualidade de vida aos pacientes, buscando estabilizar ou diminuir a velocidade do avanço da doença de Alzheimer.
Além disso, novas pesquisas e avanços médicos têm levado ao desenvolvimento de novos medicamentos, como é o caso do recente avanço no tratamento de Alzheimer. Quanto aos tratamentos possíveis, a utilização de medicamentos é comum em ambos os casos, com diferentes abordagens para cada doença. No caso do Alzheimer, há diferentes tipos de medicação que podem ser administradas em comprimidos ou adesivos na pele. Já para o Parkinson, os medicamentos visam a reposição da dopamina, além da orientação para atividades físicas e de reabilitação.
Em relação à questão genética, existe um conhecimento crescente sobre determinados genes que aumentam o risco de doenças como Alzheimer e Parkinson. No entanto, a presença desses genes não é uma sentença definitiva de desenvolvimento da doença, embora a hereditariedade no caso de Alzheimer mereça maior atenção quando há histórico familiar.
Diante disso, a prevenção é um tema central quando se trata dessas doenças. Estudos apontam que há fatores de risco envolvidos, como o envelhecimento, mas há também fatores de vida que podem influenciar o desenvolvimento das demências. Estilo de vida saudável, minimização de fatores de risco como diabetes e hipertensão, prática frequente de exercícios físicos, entre outros podem contribuir significativamente para a prevenção das demências.
Em resumo, o envelhecimento da população traz consigo desafios e questionamentos importantes relacionados à saúde cognitiva. O avanço da ciência e a importância de um estilo de vida saudável são fatores cruciais na busca por uma longevidade saudável e na prevenção de patologias como Alzheimer e Parkinson. É necessário que o debate sobre essas questões continue a ser ampliado e que a conscientização sobre a importância do cuidado com a saúde mental e física na terceira idade se torne uma prioridade na sociedade.