A situação se agravou quando Musk concordou com um post que fazia acusações antissemitas em relação à guerra entre Israel e Hamas. Essa atitude gerou uma enxurrada de críticas de grupos judaicos e até mesmo uma condenação da Casa Branca.
Essas atitudes têm gerado uma onda de repúdio da comunidade publicitária, que tem sido cautelosa em relação ao Twitter desde que Musk assumiu o controle da rede social no ano passado. Musk prometeu mais liberdade de expressão e relaxação das regras de moderação de conteúdo, o que tem preocupado as empresas que não querem ver seus anúncios associados a discursos ofensivos ou odiosos.
O Twitter já havia sofrido uma queda de 50% na receita publicitária, e a atual situação está gerando ainda mais cautela por parte dos anunciantes. Musk também tem enfrentado problemas com grandes anunciantes como a Apple e teve uma rotatividade de executivos de vendas encarregados de manter relacionamentos na indústria publicitária.
A IBM, uma das primeiras empresas a interromper seus gastos com publicidade no Twitter, alegou “tolerância zero para discurso de ódio e discriminação”. Outras empresas, como a Apple, também seguiram essa linha.
Toda essa situação tem levado profissionais de publicidade a hesitarem em se manifestar sobre o assunto, temendo associar suas marcas a polêmicas políticas e problemas de discurso de ódio.
A receita publicitária do Twitter representava cerca de 90% da receita da empresa antes de Musk assumir o controle. No entanto, a queda na receita e a crescente sensibilidade em relação a questões como antissemitismo estão levando a uma grande crise para a plataforma, que agora precisa lidar com a perda de grandes anunciantes e a desconfiança da comunidade publicitária.