De acordo com dados alarmantes, 476 das 497 cidades do estado não implementaram sequer metade das 20 ações e planos de prevenção recomendados para minimizar os danos causados por eventos climáticos extremos. Essa negligência levanta questionamentos sobre a consciência da urgência das mudanças climáticas e a necessidade de medidas imediatas para evitar tragédias como a que ocorreu no Rio Grande do Sul.
Nesse contexto, a criação de uma Agência Nacional de Segurança Climática poderia desempenhar um papel fundamental na orientação dos municípios, na cobrança do cumprimento das ações de prevenção e na denúncia de eventuais descasos. A preservação de vidas deve ser a principal preocupação, e a inação por parte do poder público não pode mais ser tolerada.
Além das autoridades locais, a responsabilidade também recai sobre os políticos e a sociedade em geral. A falta de engajamento e compromisso com a crise climática por parte dos gestores públicos e das empresas é evidente, contribuindo para a intensificação dos impactos ambientais.
É fundamental repensar nossos hábitos de consumo e pressionar por mudanças nas políticas públicas que visam a proteção do meio ambiente e a adoção de práticas sustentáveis. As eleições municipais de 2024 representam uma oportunidade para eleger candidatos comprometidos com a agenda ambiental e capazes de implementar medidas eficazes de prevenção e mitigação dos riscos climáticos.
Diante da urgência da crise climática e da necessidade de ações imediatas, cabe a todos nós, cidadãos, exigirmos uma postura responsável e consciente por parte das autoridades e lideranças políticas. O futuro do planeta depende das escolhas que fazemos hoje, e está em nossas mãos a capacidade de promover as mudanças necessárias para garantir um ambiente saudável e sustentável para as gerações futuras.