Empresário Thiago Brennand é condenado por agressão e é alvo de dez denúncias de crimes sexuais

O empresário Thiago Brennand, de 43 anos, recebeu uma condenação de um ano e oito meses de prisão, juntamente com uma indenização de R$ 50 mil, por ter agredido a modelo Alliny Helena Gomes, de 37 anos, durante uma briga em uma academia na zona oeste de São Paulo. A sentença foi proferida pela 6ª Vara Criminal Central, porém, cabe recurso.

Essa não é a primeira vez que Brennand se encontra em problema com a lei. Em um caso anterior, ele já havia sido condenado a dez anos e seis meses de prisão por estuprar uma mulher americana na cidade de Porto Feliz, localizada a 90km de São Paulo.

Durante o julgamento desta quarta-feira, Brennand foi inocentado da acusação de corromper um menor de 18 anos. Isso se deve ao fato de que, no momento da agressão contra Helena, ele estava acompanhado de seu filho, que na época era menor de idade e foi incentivado a insultar a modelo.

Apesar do processo tramitar em segredo de Justiça, o caso veio à tona e gerou outras dez denúncias de mulheres diferentes que também acusam Brennand por crimes sexuais, incluindo estupro. O episódio envolvendo Helena ocorreu em agosto do ano passado.

Ao longo do processo, Thiago mudou de advogados diversas vezes. Inicialmente, ele foi representado pelo escritório da criminalista Dora Cavalcanti, que afirmou que Brennand se apresentou espontaneamente para prestar esclarecimentos e apontou que os vídeos mostram que as agressões verbais partiram de Alliny Helena.

Durante o depoimento, Thiago Fernandes Vieira pediu desculpas por qualquer excesso cometido ao reagir às ofensas, segundo nota divulgada pelo escritório. Atualmente, o empresário é representado pelo advogado Roberto Podval, porém, o mesmo não respondeu até o momento da publicação desta reportagem.

Após o caso ganhar repercussão e algumas horas antes de ser denunciado pelo Ministério Público, Brennand viajou para Dubai. Após passar meses nos Emirados Árabes, ele foi extraditado e desembarcou no Aeroporto de Guarulhos no final de abril.

Por meio de suas redes sociais, Brennand sempre negou os crimes sexuais. Poucas semanas antes da extradição, ele gravou um vídeo afirmando que seria preso injustamente e que nunca estuprou ninguém. Ele alegou que no país há muitas pessoas com sede de vingança.

Dias antes de sua prisão e extradição, ele gravou outro vídeo declarando considerar a prisão injusta e afirmou que tudo estava sendo distorcido. Brennand enfatizou que estava sendo tratado como o pior vilão do mundo e que se apresentaria, mesmo que de forma injusta.

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