Recentemente, o deputado estadual Eduardo Suplicy, ex-marido de Marta, foi à sede da JBS, em São Paulo, nesta segunda-feira, 5, para esclarecer a delação de Batista sobre os supostos pagamentos. No entanto, Joesley não recebeu o petista, que acabou conversando com um dos advogados do empresário. Procurada pelo Estadão nesta segunda-feira, 5, a ex-prefeita informou por meio de sua assessoria que não vai comentar o caso.
Em seu depoimento, Joesley Batista afirmou que conhece Marta desde a campanha de 2010, quando o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, a apresentou a ele. Segundo Batista, Marta solicitou um apoio de R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado, o qual foi prontamente concedido pela JBS. No entanto, após analisar documentos, Joesley afirmou que R$ 500 mil foram doados em dinheiro e R$ 500 mil na campanha oficial.
Ainda em seu depoimento, Batista alegou que, entre 2015 e 2016, Marta pediu uma mensalidade de R$ 200 mil, a qual foi paga durante um longo período. Segundo o empresário, esses pagamentos foram feitos devido ao fato de Marta ser senadora na época. Vale ressaltar que Marta disputou quatro vezes a prefeitura de São Paulo, sendo eleita na primeira tentativa, e terminou na quarta colocação na última eleição, em 2016.
Diante das acusações feitas por Joesley Batista, Marta Suplicy negou veementemente qualquer envolvimento com a JBS e se recusou a comentar o caso quando procurada pelo Estadão. Enquanto isso, a polêmica envolvendo possíveis repasses e mesadas da JBS para políticos continua a suscitar questionamentos e incertezas sobre a relação entre empresas e figuras políticas no Brasil. As investigações sobre o caso devem continuar, trazendo à tona mais detalhes sobre essas alegações e seus desdobramentos no cenário político nacional.