O documento, apresentado recentemente ao STF, é baseado em uma perícia feita nos celulares apreendidos com o empresário e sua família, contendo 11 páginas que descrevem trocas de mensagens entre eles e a defesa. Na ótica da PF, essas conversas indicam que o advogado orientou a família a não falar com a imprensa e sugeriu um relato completo do ocorrido no aeroporto, além de ter enviado um rascunho das versões que deveriam ser dadas em depoimento, as quais, segundo a PF, foram posteriormente declaradas em sede policial.
Tortima também está batalhando para obter uma cópia do vídeo das câmeras de segurança do aeroporto, obtido pela PF junto às autoridades italianas, algo que foi proibido pelo ministro Dias Toffoli, relator do caso. A decisão sobre a disponibilização das filmagens para a defesa será tomada pelo STF até a próxima sexta-feira.
Em relação à conclusão da investigação, a PF entendeu que Mantovani cometeu o crime de “injúria real”, que consiste no emprego de violência para ofender a dignidade ou decoro de alguém, mas optou por não indiciá-lo por ser considerado de menor potencial ofensivo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda precisa decidir se há base para uma denúncia.
A controvérsia em torno do material probatório do caso continua, levando a defesa a questionar a legalidade das provas obtidas. Enquanto isso, o desfecho do processo aguarda a decisão do ministro do STF e a eventual manifestação da PGR.