No entanto, o pedido de Nigri foi negado pelo juiz da Vara de Falências de Nova York. O juiz argumentou que não concordava com a narrativa de Nigri de que o processo nos EUA era necessário para protegê-lo e também considerou que o empresário deveria ter tomado medidas no Brasil antes de buscar a Justiça nos EUA.
A ação chamou a atenção da Americanas, pois o valor da causa envolve praticamente o mesmo valor gasto por Nigri para mover o processo nos EUA. Nigri tem cerca de US$ 1 milhão para receber da varejista, que está em recuperação judicial com uma dívida de R$ 42,5 bilhões.
O juiz também considerou que a petição apresentada por Nigri se baseou em informações sem provas, como a carta do ex-CEO Miguel Gutierrez, acusado pela atual gestão da Americanas de ter sido o pivô de um esquema fraudulento que gerou inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões ao longo de mais de uma década.
A decisão do juiz marca um desdobramento significativo nessa disputa jurídica, que envolve altos valores e atinge figuras proeminentes do mundo empresarial brasileiro. A recusa do pedido de acesso aos documentos sigilosos da Americanas e de seus acionistas pela Justiça dos EUA coloca Nigri em uma posição desfavorável em sua busca por recuperar o montante devido pela varejista.
Essa disputa tem potencial para continuar gerando repercussões no cenário jurídico e empresarial, uma vez que as partes envolvidas buscam garantir seus interesses em meio a um contexto de crise econômica e questões contábeis complexas.
Acompanharemos de perto os desdobramentos desse caso e as estratégias que serão adotadas por Nigri e pela Americanas para lidar com essa situação.