A empresária, que não possuía formação em medicina ou biomedicina, havia feito apenas “cursos livres de estética”, segundo informações da delegada responsável pelo caso. Além disso, a clínica não possuía alvará para funcionamento e nem um responsável técnico, o que é uma exigência para estabelecimentos comerciais na área de saúde e estética.
A investigação aponta que a empresária foi detida no momento em que realizava um procedimento em outra paciente, logo após ter feito uma sessão de limpeza de pele em uma cliente e ter fornecido informações sobre um procedimento de botox. Ela está sendo investigada por exercício ilegal da medicina, por executar serviço de alta periculosidade sem capacitação técnica e por crime contra a relação de consumo ao induzir os consumidores ao erro.
Além disso, a polícia também apura se a empresária cometeu o crime de lesão corporal com resultado de morte em relação ao caso da modelo Aline Ferreira. A legislação brasileira é clara quanto à necessidade de profissionais da saúde possuírem formação adequada e autorização para realizar procedimentos que envolvam riscos à saúde dos pacientes. O espaço permanece aberto para manifestação da defesa da empresária, que não foi localizada para comentar sobre o caso.