Empresa envolvida em leilão de arroz suspenso é contratada por R$ 19,8 milhões para vender milho ao governo da Bahia.

A recente polêmica envolvendo a empresa ASR Locação de Veículos e Máquinas ganhou destaque nos noticiários e levanta questionamentos sobre a lisura dos leilões realizados pelo governo federal. A empresa, que arrematou lotes no leilão internacional de arroz, também foi contratada para vender milho ao governo da Bahia por um valor milionário. Essa ligação levantou suspeitas de fraudes e manipulação nos processos licitatórios.

A ASR, que não possui histórico de comércio de cereais, surpreendeu ao ser a única participante do leilão de milho promovido em dezembro de 2023. Por um total de R$ 19,8 milhões, a empresa venceu a disputa e ficou responsável por entregar uma grande quantidade de milho tipo 1. Além disso, a ASR também participou do leilão do arroz, o qual foi posteriormente anulado devido a suspeitas de irregularidades.

As investigações apontam para possíveis ligações entre a ASR e figuras políticas, como o ex-deputado Neri Geller, que foi demitido da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura após a descoberta de relações com um dos sócios da empresa. Outras figuras e empresas envolvidas nos leilões também estão sendo investigadas pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União.

A situação levanta questionamentos sobre a transparência e idoneidade dos processos de leilão realizados pelo governo. A sociedade espera esclarecimentos e punições para os responsáveis por possíveis irregularidades, a fim de garantir a lisura e a confiabilidade dos processos de compra e venda de alimentos e outros produtos essenciais para a população. A transparência e a integridade devem ser prioridades em todas as esferas do governo, garantindo a confiança dos cidadãos e o bom uso dos recursos públicos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo