De acordo com Scioli, a lista de permissões é usada para bloquear o acesso a determinados sites, o que tem sido motivo de preocupação para muitos cidadãos brasileiros que residem em Israel. Ele enfatizou que não está questionando a necessidade de restrições de acesso à internet, mas sim a falta de clareza sobre como essas decisões são tomadas.
A declaração do embaixador gerou controvérsia, com críticos argumentando que ele está minando a segurança cibernética e a política de controle de dados do governo brasileiro. No entanto, Scioli defende sua posição, afirmando que a transparência é fundamental para uma sociedade democrática e que os cidadãos têm o direito de saber como as restrições de acesso à internet são determinadas.
A situação também levantou questões sobre o papel da diplomacia em questões relacionadas à liberdade de expressão e acesso à informação. Alguns especialistas argumentam que a atitude do embaixador mostra que ele está cumprindo o papel de representar os interesses do povo brasileiro no exterior, mesmo que isso signifique desafiar as políticas do governo.
Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. No entanto, fontes anônimas dentro do ministério sugeriram que a declaração do embaixador pode resultar em consequências diplomáticas, uma vez que levanta questões sobre a cooperação e a comunicação entre os países.
O caso do embaixador do Brasil em Israel destaca a complexidade das relações internacionais e os desafios enfrentados pelos diplomatas ao lidar com questões sensíveis. A falta de transparência em relação a decisões de acesso à internet é apenas mais um exemplo de como a diplomacia pode se sobrepor a questões de liberdade de expressão e direitos individuais. Independentemente das ramificações desse incidente, uma coisa é clara: a discussão sobre o critério para listas de permissões de acesso à internet está longe de acabar.