A expectativa era de que houvesse uma redução nessa taxa, algo que era esperado tanto pelos economistas quanto pelos executivos do mercado financeiro, de acordo com levantamentos realizados pela Bloomberg e pela Reuters. Além disso, outra taxa de referência, para empréstimos de um ano, foi reduzida de 3,55% para 3,45%, também abaixo do esperado.
Essa decisão vem após o Banco Central ter cortado outras taxas de juros na semana passada, a qual foi interpretado como o início de medidas para estimular a economia do país. Na sexta-feira (17), o banco convocou agentes econômicos para cobrar o aumento da oferta de crédito. Durante a reunião, ficou decidido que reguladores e bancos comerciais adotarão uma estratégia “coordenada” para controlar as ameaças relacionadas às dívidas dos governos locais, fortalecendo o monitoramento para evitar riscos sistêmicos.
A falta de ação específica para o setor imobiliário indica que a prioridade do governo chinês, em sua resposta à desaceleração econômica, está no estímulo ao consumo por meio de um aumento nos empréstimos e na redução dos riscos decorrentes do endividamento local. É importante ressaltar que o presidente Xi Jinping já havia mencionado a questão das dívidas regionais como um dos maiores riscos econômicos e financeiros enfrentados pela China. O governo afirmou que esses riscos serão enfrentados através de uma sequência de medidas, e não de uma única vez.
Apesar da volatilidade no mercado financeiro, o banco Goldman Sachs avaliou em nota de análise divulgada no sábado (19) que o risco de preocupações sistêmicas na China continua baixo. No entanto, a instabilidade poderá exigir um esforço mais coordenado por parte do governo chinês.