Elon Musk e o jogo das fake news: Brasil vira teste para interesses internacionais em meio a retrocessos no combate à desinformação

Em um cenário de avanço da disseminação de notícias falsas, o mercado brasileiro parece ter se tornado um campo de testes para empresas como o ex-Twitter, que encontram menos resistência em relação às fake news em comparação com outros mercados mais regulados, como o indiano e o europeu. Essa é a avaliação de Leonardo Trevisan, professor de relações internacionais, que destaca a importância de se ponderar sobre as consequências desse cenário.

De acordo com Trevisan, o interesse de empresas como o ex-Twitter em se estabelecer no Brasil vai além do contexto nacional. Elon Musk, por exemplo, teria interesses mútuos para entrar no país, visando benefícios também para a Índia e a União Europeia. Para parte da direita brasileira, a presença de Musk no cenário político nacional teria sido favorável para desestabilizar o jogo democrático em torno do Projeto de Lei das Fake News, resultando em um retrocesso e na perda de avanços conquistados ao longo de quatro anos de trabalho.

Trevisan ressalta a importância de o Brasil posicionar-se de forma estratégica nesse jogo internacional das fake news, considerando as medidas adotadas por países como os Estados Unidos e os países europeus, que têm se mostrado mais céleres na regulamentação do combate às notícias falsas. O professor destaca ainda que o papel do Brasil nesse cenário será determinante para seu posicionamento no contexto global.

Diante desse cenário preocupante, é fundamental que a sociedade brasileira e as autoridades estejam atentas e atuem de forma eficaz para combater a disseminação de fake news, protegendo a democracia e a integridade do ambiente político nacional. O programa UOL News, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, traz análises e informações relevantes sobre os principais acontecimentos do Brasil e do mundo. Não deixe de acompanhar para estar sempre bem informado.

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