As acusações de Musk surgiram após Moraes ter feito uma publicação parabenizando o ministro Ricardo Lewandowski por sua nomeação como chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O bilionário questionou o motivo de tanta censura no Brasil e declarou ser defensor absoluto da liberdade de expressão.
A empresa de Musk, a X Corp., em seguida também se pronunciou, alegando ter sido “forçada” por decisões judiciais a bloquear contas no Brasil, sem saber os motivos específicos que levaram a tais ações. O empresário afirmou que a empresa está revisando as restrições determinadas por Moraes e ameaçou que a plataforma poderia perder receitas e até fechar o escritório local devido às medidas impostas.
Políticos de direita, como o deputado Eduardo Bolsonaro, também se manifestaram, citando casos de pessoas cujos perfis foram apagados por ordens judiciais de Moraes. Bolsonaro afirmou que irá solicitar uma audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados para discutir o “Twitter Files Brasil”, uma série de e-mails que acusam Moraes e o TSE de exigirem ilegalmente a remoção de publicações.
O jornalista norte-americano Michael Shellenberger também entrou na polêmica ao divulgar e-mails que revelariam ações de Moraes para censurar postagens e investigar apoiadores do presidente Bolsonaro. Musk compartilhou as publicações de Shellenberger, afirmando que a censura agressiva no Brasil parece violar a lei e a vontade do povo.
Até o momento, Moraes não se pronunciou sobre as acusações feitas por Musk e pelas demais figuras envolvidas. A polêmica envolvendo a liberdade de expressão e a atuação do Judiciário brasileiro continua gerando discussões e tensionando as relações entre as autoridades e as plataformas digitais.