A recondução de Ednaldo à presidência da instituição em janeiro, por meio de decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi motivada, em parte, pelo possível risco de a seleção brasileira de futebol ficar fora dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A inscrição para o torneio classificatório da competição olímpica se encerrou em janeiro, e a argumentação de Gilmar em favor da permanência de Ednaldo ganhava força com a proximidade dos Jogos.
A expectativa entre aliados de Ednaldo era de que ele poderia permanecer no cargo pelo menos até o final da competição, para que houvesse à frente da entidade um dirigente reconhecido pelas instâncias esportivas competentes. No entanto, com a eliminação da seleção brasileira, o atual presidente da CBF perde um de seus principais argumentos para permanecer no posto.
A situação agora se mostra ainda mais delicada para Ednaldo, uma vez que a ausência da seleção brasileira masculina de futebol nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 amplia a lista de vexames recentes no futebol brasileiro. A pressão pela saída de Ednaldo da presidência da CBF tende a aumentar, especialmente diante da falta de resultados expressivos e da série de eliminações e fracassos que assolam a modalidade.
Diante desse cenário, a permanência de Ednaldo Rodrigues à frente da CBF se torna cada vez mais incerta, e a derrota da seleção brasileira masculina de futebol nas eliminatórias olímpicas apenas reforçou a pressão por mudanças na gestão da entidade. A decisão final sobre o futuro de Ednaldo à frente da CBF agora aguarda o julgamento no plenário da Corte, enquanto a instituição enfrenta um dos momentos mais delicados de sua história.