As siglas que compõem essa coalizão, lideradas pelos vice-premiês italianos, também tiveram um desempenho sólido. O ultranacionalista Liga, comandado pelo ministro de Infraestrutura Matteo Salvini, obteve cerca de 8,81% dos votos, enquanto o conservador Força Itália, liderado pelo chanceler Antonio Tajani, alcançou 8,80%. Já a Aliança Verde de Esquerda (AVS), representada pela ativista Ilaria Salis, detida na Hungria, conquistou 6,86% dos votos.
É interessante ressaltar que nas eleições europeias de 2019, Salvini foi o grande vencedor com 34% dos votos, seguido pelo Partido Democrático (PD) com 22,74% e pelo Movimento 5 Estrelas (M5S) com 17,06%. Naquela ocasião, o partido de Meloni ficou em quinto lugar, com apenas 6,44% dos votos. Portanto, o crescimento de mais de 20 pontos obtido pela atual premiê italiana mostra uma mudança significativa no cenário político do país.
Além disso, um dado que chama atenção nestas eleições é o recorde histórico de abstenção, com apenas 49,67% dos eleitores comparecendo às urnas, menos de um italiano em dois. Nas últimas eleições europeias, em 2019, pelo menos 54,5% dos cidadãos exerceram seu direito ao voto.
A vitória de Meloni representa não apenas um triunfo pessoal, mas também a consolidação do governo italiano no cenário europeu. A premiê afirmou que a Itália apresenta-se no G7 e na Europa como o governo mais forte de todos. Comemorando o resultado, o chefe do grupo FdI na Câmara, Tommaso Foti, destacou o fortalecimento do governo Meloni nestas eleições.