Do lado democrata, Joe Biden é tratado como o candidato óbvio do partido, apesar de sua baixa aprovação e sua idade avançada, com quase 82 anos. Enquanto isso, no lado republicano, o ex-presidente Donald Trump parece caminhar tranquilamente para a disputa, apesar das 91 acusações enfrentadas na justiça. Outros desafiantes, como Ron deSantis e Nikki Haley, não conseguiram ganhar impulso suficiente para competir com Trump.
O processo de prévias para as eleições de 2024 tem sido considerado um estágio “pró-forma” do processo eleitoral, sem proporcionar discussões substanciais ou criar espaço para a renovação de quadros nos partidos políticos. Esta falta de competição e debate pode impactar negativamente no desenvolvimento de talentos, novas estratégias e na conexão com a comunidade, comprometendo a competitividade do sistema político a longo prazo.
Além disso, a normalização da ideia de que não há alternativa aos nomes já estabelecidos demonstra uma fragilização da democracia americana, que parece sequestrada pela polarização e pela crise dos dois principais partidos políticos. Este cenário reflete a dependência do personalismo, figuras impopulares e de uma sociedade que parece satisfeita em escolher entre o “menor pior”, ao invés de buscar por mudanças e inovações no sistema político.
Portanto, é importante questionar este cenário e buscar alternativas para fortalecer a democracia no país, de modo a estimular a competição, debates substanciais e a renovação de lideranças políticas. A falta de opções reais para os eleitores também pode minar a credibilidade do sistema político, prejudicando a representatividade e a legitimidade das eleições.
Assim, a sociedade americana deve se empenhar em buscar alternativas viáveis e desafiar a tendência de previsibilidade e estagnação política, a fim de garantir a sustentabilidade e a vitalidade da democracia no país. Este é um desafio significativo para uma nação que se considera um modelo representativo de democracia para o mundo ocidental.