Segundo o especialista Paulo Sousa, a duna móvel, desprovida de vegetação, foi levada pelo vento em direção ao mar, beneficiada pela direção predominante do vento na região. A proximidade com o oceano fez com que as ondas e correntes intensificassem a erosão, transportando os sedimentos das dunas para as praias próximas. O fenômeno foi agravado pela movimentação intensa de turistas na região no final da década de 1990.
Até o ano passado, a Duna do Pôr do Sol era um ponto de parada obrigatório para os visitantes, que se reuniam para apreciar o espetáculo natural do sol se pondo em direção ao mar. Muitos turistas aproveitavam para se aventurar na duna e até mesmo saltar em direção à praia. No entanto, os processos de avalanche de areia, causados pela movimentação constante sobre a duna, aceleraram seu desaparecimento.
A imagem da Duna do Pôr do Sol em Jericoacoara, registrada em 2016, retrata a grandiosidade e a beleza desse monumento natural que agora faz parte apenas da memória dos que tiveram a oportunidade de conhecê-lo. A perda desse ícone destaca a importância da preservação ambiental e da conscientização sobre os impactos do turismo desordenado em áreas sensíveis como essa.