Segundo Araujo, as soluções de privacidade testadas até o momento apresentaram problemas, tais como esconder informações essenciais, ter alto custo computacional e dificuldades no desenvolvimento de novos algoritmos. Além disso, a próxima etapa de testes envolverá a discussão sobre a governança dos serviços financeiros, com a participação de diversos órgãos reguladores, como ONR, CNJ e CVM.
A questão da governança se torna crucial, especialmente quando se trata de contratos inteligentes, que são criados e geridos por terceiros participantes da rede. O objetivo é proteger os consumidores e democratizar o acesso aos serviços financeiros, como transações envolvendo imóveis e veículos, que podem se beneficiar da automação proporcionada pelos contratos inteligentes.
Araujo destaca ainda a expectativa de aumentar a eficiência na prestação de serviços e reduzir custos operacionais com o uso do Drex em transações financeiras do dia a dia. O projeto também visa destravar o mercado de crédito, como no caso do crédito colateralizado em CDB, que será testado por grandes bancos brasileiros.
Embora haja a expectativa de fornecer acesso a crédito mais barato para a população, não se espera que isso tenha impacto significativo na política de juros. O desenvolvimento do Drex segue seu curso, mesmo com o BC sob nova direção, com a sabatina de Gabriel Galípolo no Senado marcada para a próxima terça-feira.
Em resumo, a segunda fase de testes do Drex representa um avanço significativo no desenvolvimento do real digital, focando em soluções de privacidade, governança e democratização dos serviços financeiros para a população brasileira. A expectativa é que essas iniciativas possam trazer benefícios tanto para os consumidores quanto para o mercado financeiro como um todo.