Além disso, Trump também expressou apoio à recente decisão da Suprema Corte dos EUA de manter a permissão para o uso de pílulas abortivas. Ele defendeu a ideia de que cada estado americano tenha autonomia para decidir sobre a questão do aborto, o que poderia resultar na permissão da prática em alguns estados.
O Partido Republicano, seguindo a liderança de Trump, chegou a retirar a proibição nacional do aborto de sua plataforma durante a convenção. Essa mudança de postura surpreendeu, visto que a questão antiaborto sempre foi uma bandeira do partido. Até mesmo o novo vice de Trump, que inicialmente era contra o aborto em qualquer circunstância, adotou uma postura mais flexível, defendendo a decisão dos estados e concordando com o aborto em casos de estupro.
Essa mudança acontece em um momento crucial, já que a Suprema Corte, com sua composição mais conservadora, revogou uma decisão histórica que garantia o direito ao aborto para as mulheres americanas, conhecida como o caso Roe vs. Wade. Com a possibilidade de cada estado legislar de forma independente, muitos estados conservadores têm optado por proibir o aborto, o que tem gerado controvérsias e discussões acaloradas em todo o país.
Após mais de 50 anos de direito ao aborto nos EUA, essa reviravolta na legislação levanta questões sobre os limites da autonomia dos estados e o papel do governo federal na regulação de questões éticas e morais tão complexas como o aborto. A postura de Trump e do Partido Republicano diante desse tema desafiador certamente continuará sendo debatida e analisada nos próximos meses.