A ativista ucraniana Daria Zarivna, que é assessora de Yermak, criticou o filme, alegando que ele busca justificar as ações do Exército russo e acobertar os crimes de guerra dos quais as forças russas são acusadas na Ucrânia. Em resposta, a diretora reiterou sua condenação à invasão russa e reconheceu a sensibilidade do tema para aqueles afetados pelo conflito.
Em entrevista à AFP, a diretora explicou que foi sozinha para a linha de frente e apenas pediu permissão aos soldados para filmar suas histórias. De acordo com um jornalista que assistiu ao documentário, as imagens mostram soldados aparentemente desgastados pela guerra, improvisando equipamentos e recorrendo ao álcool e tabaco para lidar com as tragédias vivenciadas.
A produtora Daria Bassel, que assistiu ao documentário em Veneza, classificou a produção como uma propaganda russa, na qual os soldados utilizam argumentos do Kremlin para justificar a invasão à Ucrânia. A polêmica em torno do filme levanta questões sobre a manipulação da narrativa e a complexidade do conflito na região.
O documentário revela diferentes perspectivas sobre a guerra e levanta questionamentos sobre a ética na produção cinematográfica em meio a contextos de alto risco e sensibilidade política. A controvérsia em torno do filme evidencia as tensões existentes entre a Rússia e a Ucrânia, bem como as dificuldades de se abordar esse tema de maneira imparcial e objetiva.