Dívida dos países ricos com o Acordo de Paris e a Biodiversidade permanece apenas uma promessa, afirma presidente Lula na ONU

A dívida dos países ricos com os países em desenvolvimento permanece apenas uma promessa, afirmou o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso na Assembleia Geral da ONU. Lula cobrou a destinação de 100 bilhões de dólares anuais para os países em desenvolvimento, afirmando que o valor atualmente prometido é insuficiente para enfrentar a demanda que já chega aos trilhões de dólares.

O líder brasileiro também fez menção aos diversos conflitos não solucionados ao redor do mundo, destacando a guerra na Ucrânia, a crise humanitária no Haiti, a ameaça à unidade nacional da Líbia, entre outras situações de ruptura institucional e conflitos armados. Lula ressaltou a importância do diálogo e da busca por soluções pacíficas para esses problemas.

O texto também aborda a questão dos levantes na África, questionando se eles são golpes de Estado ou lutas legítimas pela conquista da soberania. Lula destacou a importância de se basear em princípios e propósitos da Carta da ONU para resolver essas questões e ressaltou a necessidade de se fortalecer o multilateralismo.

O ex-presidente brasileiro também falou sobre os desafios globais, como a desigualdade, a crise climática e a insegurança alimentar e energética. Lula destacou a importância de se reduzir as desigualdades dentro dos países e entre eles, e ressaltou iniciativas do Brasil nesse sentido, como o programa Bolsa Família e a promoção da igualdade salarial entre homens e mulheres.

Lula também mencionou a necessidade de agir contra a mudança climática, destacando o modelo energético do Brasil, que já é uma das mais limpas do mundo, com 87% da energia elétrica proveniente de fontes renováveis. Ele ressaltou a importância de se preservar a Amazônia e promover ações de combate ao desmatamento e crimes ambientais.

No final do discurso, Lula reafirmou o compromisso do Brasil em implementar todos os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 e prometeu trabalhar pela redução das desigualdades e pelo fortalecimento do multilateralismo. Ele afirmou que o Brasil está de volta para contribuir no enfrentamento dos desafios globais.

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