Odair Moniz, de 43 anos, era uma figura popular no bairro da Cova da Moura, em Amadora. Além de trabalhar em um restaurante, ele era dono de um pequeno café que se tornou um ponto de encontro na comunidade. Sua morte gerou revolta na região e despertou questionamentos sobre as circunstâncias do episódio.
Moradores da região relataram que a Cova da Moura, localizada ao longo da linha de Sintra, enfrentou episódios de violência policial no passado. O Coletivo Consciência Negra, formado após um incidente envolvendo seis jovens negros em 2015, convocou uma reunião para discutir a situação e organizar uma manifestação pacífica contra a violência policial.
Os distúrbios se espalharam por diversas regiões ao longo da madrugada, atingindo até bairros nobres da capital, como Campo de Ourique. A Polícia de Segurança Pública (PSP) registrou quatro feridos, sendo dois policiais, e três pessoas foram detidas. A ministra da Administração Interna classificou os eventos como inadmissíveis, enquanto o presidente de Portugal pediu calma e evitou uma escalada de violência.
Em nota oficial, a PSP condenou os atos de desordem e destruição praticados por grupos criminosos, destacando que eles não representam a maioria pacífica da população portuguesa. Diversas entidades do movimento negro planejaram uma manifestação pacífica para protestar contra a violência policial, mostrando a união da comunidade em busca de justiça e paz.