Segundo relatos, Moraes ficou em quarto lugar na banca de avaliação, enquanto Lewandowski foi aprovado, causando ruídos e descontentamento entre os dois. O jornalista Bilenky, em um podcast, revela que, após esse ocorrido, as coisas foram se acalmando aos poucos, e os dois acabaram se reaproximando.
Em 2016, os caminhos dos dois se cruzaram novamente, desta vez como membros do STF, com Lewandowski como presidente da corte e Moraes como ministro da Justiça. Neste momento, a repórter menciona as diferenças entre os dois em relação ao entendimento do direito. Enquanto Lewandowski possui uma postura garantista, tendo uma tendência a votar a favor do réu, Moraes é mais punitivista, defendendo, por exemplo, a prisão após condenação em segunda instância.
A indicação de Moraes ao STF reuniu os dois novamente, e, de acordo com Bilenky, a política acabou contribuindo para uma aproximação entre eles. O impacto da Lava Jato na política nacional, com desdobramentos que atingiram o então presidente Michel Temer, fez com que muitos que antes apoiavam a operação passassem a se posicionar contra ela, alterando toda a constelação política do país.
Assim, a trajetória de Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski, que começou com um conflito acadêmico, evoluiu para uma relação mais próxima, moldada pelas reviravoltas da política brasileira e pelos diferentes posicionamentos jurídicos de cada um.