Disputa pela presidência do Banco Central: galípolo mantém favoritismo apesar de votar contra queda de juros no Copom

O diretor Gabriel Galípolo, responsável pela Política Monetária, segue como favorito na corrida pela presidência do Banco Central, mesmo após votar no Copom pela interrupção da queda dos juros, indo contra a vontade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar disso, ainda não há uma decisão final por parte de Lula em relação ao sucessor de Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra no final do ano.

Rumores sobre o próximo presidente do BC cresceram após o presidente destacar a necessidade de alguém “maduro” e “calejado”, que não ceda às pressões do mercado financeiro. Especula-se se Galípolo se enquadra nesses requisitos, mas pessoas próximas a Lula acreditam que a declaração do petista pode ser uma estratégia para despistar a escolha real.

Com 42 anos, Galípolo tem uma relação próxima com Lula desde a campanha presidencial de 2022 e foi membro da equipe do ministro Fernando Haddad. No entanto, o apoio de Lula não garante sua indicação, e aliados afirmam que a decisão só será tomada após as eleições municipais de outubro.

Diferentes nomes surgiram como possíveis candidatos à presidência do BC, como o economista André Lara Resende, ex-diretor do BC e um dos idealizadores do Plano Real. Outros nomes em destaque são Paulo Picchetti e Luiz Awazu Pereira, este último mostrando alinhamento com o governo em uma audiência pública recente.

A aprovação do indicado para a presidência do BC passa por um processo no Senado, o que pode limitar a escolha de nomes que enfrentam resistência política. A decisão do Copom por unanimidade foi vista como necessária para evitar uma crise econômica, apesar de ter contrariado os interesses de Lula. Campos Neto defende que a transição no comando do BC seja feita de forma suave, mas a tensão atual pode prejudicar esse processo.

Além da presidência, Lula também terá que indicar mais dois nomes para cargos nas diretorias do BC até o final do ano. A escolha do próximo presidente do Banco Central é aguardada com expectativa tanto no mercado financeiro quanto na política, visto o impacto que essa decisão pode ter sobre a economia do país.

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