Rumores sobre o próximo presidente do BC cresceram após o presidente destacar a necessidade de alguém “maduro” e “calejado”, que não ceda às pressões do mercado financeiro. Especula-se se Galípolo se enquadra nesses requisitos, mas pessoas próximas a Lula acreditam que a declaração do petista pode ser uma estratégia para despistar a escolha real.
Com 42 anos, Galípolo tem uma relação próxima com Lula desde a campanha presidencial de 2022 e foi membro da equipe do ministro Fernando Haddad. No entanto, o apoio de Lula não garante sua indicação, e aliados afirmam que a decisão só será tomada após as eleições municipais de outubro.
Diferentes nomes surgiram como possíveis candidatos à presidência do BC, como o economista André Lara Resende, ex-diretor do BC e um dos idealizadores do Plano Real. Outros nomes em destaque são Paulo Picchetti e Luiz Awazu Pereira, este último mostrando alinhamento com o governo em uma audiência pública recente.
A aprovação do indicado para a presidência do BC passa por um processo no Senado, o que pode limitar a escolha de nomes que enfrentam resistência política. A decisão do Copom por unanimidade foi vista como necessária para evitar uma crise econômica, apesar de ter contrariado os interesses de Lula. Campos Neto defende que a transição no comando do BC seja feita de forma suave, mas a tensão atual pode prejudicar esse processo.
Além da presidência, Lula também terá que indicar mais dois nomes para cargos nas diretorias do BC até o final do ano. A escolha do próximo presidente do Banco Central é aguardada com expectativa tanto no mercado financeiro quanto na política, visto o impacto que essa decisão pode ter sobre a economia do país.