O ministro da Cultura italiano, Gennaro Sangiuliano, comemorou a decisão e enfatizou que “trabalharam muito” para que a peça fosse devolvida. Sangiuliano ainda ressaltou que a proibição de empréstimos de obras a museus em disputa com a Itália foi uma medida importante para reforçar a proteção do patrimônio cultural do país.
Por outro lado, o Getty manifestou sua intenção de recorrer da decisão perante a Grande Câmara do TEDH. O museu alega que a estátua foi adquirida de forma legítima em 1974, após circular no mercado de arte, por meio de uma compra no valor de US$ 3,9 milhões.
A Fundação Getty havia contestado a decisão de confisco tomada pela Justiça italiana em 2010, argumentando que a estátua não fazia parte do patrimônio de Roma. No entanto, o TEDH considerou que as autoridades italianas apresentaram argumentos consistentes para provar que a peça pertencia ao patrimônio cultural do país.
Apesar das alegações do Getty, o tribunal europeu decidiu em favor da Itália, ressaltando a importância de preservar e restituir peças que são consideradas parte integral do patrimônio cultural de um país. O embate entre as duas partes reflete a complexidade das disputas pela posse de obras de arte de valor histórico e cultural, e como essas questões são tratadas no âmbito jurídico internacional.