De acordo com o partido, o estopim para a expulsão foi o pedido de impugnação da candidatura de Datena feito por Fernando Alfredo. O delegado nacional do PSDB, Gustavo Kanffer, afirmou que a conduta de Alfredo violou os princípios éticos, a disciplina e a fidelidade partidária, além de cometer infrações eleitorais ao propagar desinformação para tumultuar o ambiente interno do partido.
Diante da expulsão, Fernando Alfredo declarou que pretende judicializar o processo e lutar por seu retorno ao partido. Ele alega que a decisão da Executiva Nacional não seguiu o regimento interno da sigla, o que poderia abrir margem não só para seu regresso, mas também para a aplicação de processos disciplinares contra os responsáveis pela sua exclusão.
O ex-presidente do diretório municipal do PSDB prometeu ainda protocolar novos pedidos de impugnação da candidatura de Datena, mesmo após sua expulsão. Ele enfatizou em nota que irá continuar lutando pela democracia, tanto dentro quanto fora do partido, mesmo sem ocupar mais nenhuma função partidária.
Segundo fontes próximas ao caso, a decisão de expulsar Alfredo foi tomada de forma emergencial em uma reunião da Executiva Nacional convocada às pressas por José Luiz Datena, logo após a solicitação de impugnação feita por Alfredo. O conselho de ética do partido retomou representações antigas contra Alfredo e abriu novos processos disciplinares devido à postura do ex-tucano em relação às decisões da cúpula partidária.
Dessa forma, o cenário político no PSDB de São Paulo segue marcado por embates internos e conflitos de interesses, que podem ter impactos significativos nas eleições municipais vindouras. A expulsão de Fernando Alfredo certamente deixará sequelas no ambiente político do partido, repercutindo não apenas entre os filiados, mas também na opinião pública.