Diretora de Medicina da USP pede desculpas após comparar greve de estudantes ao Holocausto em frase “infeliz e infundada”

A polêmica envolvendo uma professora e diretora da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) ganhou destaque nos últimos dias. Eloisa Dutra Silva de Oliveira Bonfá pediu desculpas após comparar a greve organizada por estudantes ao Holocausto, uma associação considerada pelos alunos como “infeliz e infundada”.

A declaração provocou indignação entre os alunos, que decidiram paralisar as atividades no dia 7 de março em protesto. Em uma nota publicada no site da FMUSP, a docente reconheceu que a escolha de suas palavras foi inadequada e que não teve a intenção de estabelecer uma comparação direta com eventos históricos tão dolorosos.

No comunicado, Bonfá ressaltou a importância da memória e do respeito mútuo dentro do ambiente acadêmico, destacando que comportamentos marcados por desrespeito e agressividade não devem se repetir. Ela condenou o que chamou de “desrespeito” e “agressividade” e afirmou que sua intenção era refletir sobre questões importantes para a comunidade acadêmica.

A repercussão do caso foi imediata, com debates e discussões sobre os limites do discurso e a sensibilidade para tratar de assuntos delicados. A diretoria da faculdade também se manifestou, reiterando o compromisso com a diversidade, o respeito e a liberdade de expressão, princípios fundamentais para o ambiente universitário.

A incidente gerou reflexões sobre a importância da comunicação adequada e do cuidado ao abordar temas sensíveis, especialmente em um contexto tão complexo como o acadêmico. A atitude da professora dividiu opiniões e levantou questões sobre os limites do debate público e a necessidade de promover o diálogo construtivo em situações de conflito.

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