Diretor demitido em escândalo do arroz é autorizado a negociar com governo após consulta da Comissão de Ética

Após intensa investigação da Comissão de Ética Pública, foi decidido manter a autorização para que a empresa Rovaris continue com seu contrato de depósito com a Conab, válido até 2028. No entanto, o diretor Thiago José dos Santos, o qual não participou da assinatura do contrato, foi exonerado de seu cargo por supostas irregularidades em um leilão de arroz promovido pelo governo federal durante as enchentes no Rio Grande do Sul.

O leilão, que tinha como objetivo manter a oferta e o preço do arroz após o desastre natural no principal estado produtor do grão, foi cancelado devido a suspeitas de fraudes. Posteriormente, Santos foi desligado de suas funções. Em entrevistas à imprensa, ele alegou que apenas estava seguindo ordens do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em relação aos critérios do edital, os quais divergiam dos recomendados pela área técnica da Conab.

É importante ressaltar que três das quatro empresas vencedoras do leilão não possuíam ligação com o ramo do arroz e da importação de grãos, levantando ainda mais suspeitas sobre a lisura do processo. A Icefruit, uma fábrica de polpas de frutas de São Paulo; a Wisley A de Souza Ltda, uma loja de queijos de Macapá (AP); e a ASR Locação de Veículos e Máquinas, de Brasília, foram as vencedoras do certame, mesmo sem terem expertise na área.

Diante desses acontecimentos, a relação entre a Rovaris e a Conab é algo que deve ser observado com cautela, uma vez que a empresa enfrenta pendências e restrições para futuros contratos com a estatal. A transparência e a ética nessas negociações são importantíssimas para a manutenção da integridade e confiança no setor público e privado.

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