De acordo com Borrell, a reunião que estava marcada para acontecer no final de agosto agora será realizada em Bruxelas. Essa mudança brusca de local foi motivada pela visita do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, a Moscou e Pequim, sem o respaldo da União Europeia. Além disso, o governo de Orbán foi acusado de adotar uma postura “pró-guerra” em relação à política europeia.
Essa atitude tomada por Borrell evidencia a preocupação e a discordância da UE em relação à aproximação da Hungria com a Rússia, principalmente em um momento tão delicado como o conflito na Ucrânia. A visita de Orbán a Moscou e Pequim trouxe à tona as tensões existentes dentro do bloco europeu, reforçando as divergências de interesses e posicionamentos políticos.
Com a transferência da reunião para Bruxelas, a UE busca enviar um recado claro à Hungria e a outros países do bloco que possam adotar posturas semelhantes. A decisão de Borrell demonstra a importância da união e da coesão entre os Estados-membros da União Europeia, especialmente em questões sensíveis e que envolvem relações internacionais tão complexas como o conflito na Ucrânia.
Diante desse cenário, a atitude enérgica de Borrell reflete a determinação da UE em manter sua posição em relação aos desafios geopolíticos que se apresentam, reafirmando valores e princípios que orientam a política externa do bloco.