Detenção de suspeitos de tentativa de assassinato de Maduro gera controvérsia e aumento da perseguição na Venezuela.

No tumultuado cenário político da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro anunciou, em um evento de registro de sua candidatura, a detenção de dois homens que, segundo ele, tramavam seu assassinato. Maduro, que já denunciou anteriormente planos para tirar sua vida, aproveitou o palanque montado nas proximidades do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em Caracas para expor as supostas tentativas contra sua segurança.

As acusações de “terrorismo” e “tentativa de magnicídio” foram feitas pelo procurador-geral Tarek William Saab, logo após o pronunciamento do presidente em busca de um terceiro mandato. Contudo, o grupo opositor ‘Vente Venezuela’ classificou as acusações como infundadas, em meio a um clima de intensa polarização política no país.

Além disso, a perseguição política parece se intensificar na Venezuela, como no caso do ativista comunitário e jornalista Carlos Julio Rojas, que foi sequestrado por homens vestidos de preto em Caracas. A ONG de defesa dos direitos humanos Provea denunciou o ocorrido e pediu a libertação de Rojas, que liderava sua comunidade na capital.

A situação dos “presos políticos” no país também preocupa, com a ONG Foro Penal contabilizando 269 casos atualmente. A repressão a manifestações e oposicionistas segue como uma realidade na Venezuela, que enfrenta uma grave crise política e econômica, com consequências diretas na vida dos cidadãos. A tensão política no país sul-americano parece longe de se dissipar, colocando em questão a estabilidade e a democracia na região.

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