Desvendando a Admiração e Deslumbramento: As Emoções Que Moldam a Humanidade, Segundo Filósofa Belga

“A admiração é uma surpresa repentina da alma”. Essa definição foi dada pelo renomado filósofo francês René Descartes no século XVI. Para Descartes, a admiração é a primeira das seis paixões primitivas, como ele descreveu em sua obra “As Paixões da Alma”, publicada em 1649. Essa paixão é a que captura a filósofa belga Helen de Cruz.

Segundo a filósofa, Descartes conceituou seis emoções fundamentais: a admiração, o amor, o ódio, a tristeza, a alegria e o desejo. Ao explorar essas emoções, Cruz destaca que a admiração se destaca por sua singularidade, já que, ao contrário das outras emoções que fazem avaliações, a admiração simplesmente observa em seus próprios termos, sem julgamentos.

Helen de Cruz argumenta que o deslumbramento e o assombro são aspectos cruciais da humanidade. Essas duas emoções motivam novas ideias e invenções que enriquecem nossas vidas tanto individual quanto coletivamente. Ela destaca a importância de manter a capacidade de se maravilhar com o mundo, apesar dos obstáculos que podem eliminar essa sensação, como a poluição luminosa e o constante esforço em prol da produtividade.

A filósofa faz um apelo por uma mudança social que valorize o assombro e o deslumbramento, resistindo à pressão constante por ser produtivo o tempo todo. Ela também sugere diversas maneiras de cultivar o assombro na vida cotidiana, desde observar a natureza até se envolver em eventos culturais e científicos.

Cruz ressalta que a ciência não diminui o assombro, mesmo quando explica seus mistérios. Ela enfatiza a importância de reservar espaço em nossas mentes para apreciar as maravilhas do mundo que nos cercam e nos levar a questionar e explorar o desconhecido. Conclui-se, portanto, que manter a capacidade de se maravilhar é essencial para tornar a vida mais rica e significativa.

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