Segundo a filósofa, Descartes conceituou seis emoções fundamentais: a admiração, o amor, o ódio, a tristeza, a alegria e o desejo. Ao explorar essas emoções, Cruz destaca que a admiração se destaca por sua singularidade, já que, ao contrário das outras emoções que fazem avaliações, a admiração simplesmente observa em seus próprios termos, sem julgamentos.
Helen de Cruz argumenta que o deslumbramento e o assombro são aspectos cruciais da humanidade. Essas duas emoções motivam novas ideias e invenções que enriquecem nossas vidas tanto individual quanto coletivamente. Ela destaca a importância de manter a capacidade de se maravilhar com o mundo, apesar dos obstáculos que podem eliminar essa sensação, como a poluição luminosa e o constante esforço em prol da produtividade.
A filósofa faz um apelo por uma mudança social que valorize o assombro e o deslumbramento, resistindo à pressão constante por ser produtivo o tempo todo. Ela também sugere diversas maneiras de cultivar o assombro na vida cotidiana, desde observar a natureza até se envolver em eventos culturais e científicos.
Cruz ressalta que a ciência não diminui o assombro, mesmo quando explica seus mistérios. Ela enfatiza a importância de reservar espaço em nossas mentes para apreciar as maravilhas do mundo que nos cercam e nos levar a questionar e explorar o desconhecido. Conclui-se, portanto, que manter a capacidade de se maravilhar é essencial para tornar a vida mais rica e significativa.