Por sua vez, o governo brasileiro, por meio de fontes não identificadas, revelou ao UOL que não tinha conhecimento da participação de Milei no CPAC Brasil, evento que está na sua quinta edição no país. A situação gerou um mal-estar entre os dois países, com o governo argentino reagindo prontamente às críticas feitas por Lula.
Horas após as declarações do ex-presidente brasileiro, Adorni convocou uma coletiva de imprensa para afirmar que Milei “não tem do que se arrepender” e que, pelo menos até o momento, não fez nada que o levasse a se retratar. O governo argentino, por sua vez, divulgou que Lula e Milei tiveram um rápido cumprimento na Itália, mas que, mesmo após mais de seis meses de governo, os dois presidentes ainda não se reuniram oficialmente.
Diante da recusa em pedir desculpas, Milei elevou o tom ao se referir a Lula como um “esquerdista” com “ego inflamado”, reforçando a tensão entre os líderes sul-americanos. A falta de diálogo e o clima de animosidade entre eles demonstram a complexidade das relações políticas na região e a dificuldade em estabelecer um diálogo construtivo.