Além disso, a desembargadora também concedeu habeas corpus para Matheus Possebon, que gerencia a carreira do cantor Alexandre Pires e também havia sido preso na mesma operação. Segundo a PF, Possebon teria recebido cerca de R$ 1,74 milhão da Betser, mineradora de propriedade de Christian, que é alvo das investigações.
A operação também mirou o músico Alexandre Pires, que teve seu apartamento em Itapema, no litoral norte de Santa Catarina, alvo de busca e apreensão. De acordo com as apurações, o cantor teria recebido dinheiro de mineradoras suspeitas de exploração ilegal de cassiterita retirada indevidamente da terra indígena. No entanto, o cantor nega qualquer envolvimento.
A desembargadora determinou a substituição da prisão preventiva de Christian por medidas cautelares, como o comparecimento periódico em juízo, a obrigação de comunicar mudanças de endereço e a proibição de manter contato com os demais investigados.
Em sua justificativa, a magistrada ressaltou que a prisão cautelar não deve ser decretada e mantida como regra, mas como exceção, somente em casos de necessidade demonstrada e quando não forem possíveis outras medidas que atinjam o mesmo objetivo. Além disso, ela alegou que não há indícios nos autos de que a liberdade de Christian possa comprometer a aplicação da lei e a instrução do processo.
Ela também destacou que, mesmo que os recursos financeiros apontados na investigação sejam elevados, seria desproporcional falar em prisão justificada pelo risco à ordem econômica.
O empresário Christian Costa dos Santos é representado pelo advogado Nelson Wilians. Já a defesa de Alexandre Pires negou qualquer envolvimento do cantor com garimpo ou extração de minério.