Desembargador proíbe Nelma de sair do país e entregar passaporte em 24 horas após prisão por tráfico de cocaína.

A ex-diretora da Apine, Nelma Kodama, está proibida de sair do país após ser detida em abril de 2022 em um hotel de luxo em Lisboa, Portugal. A decisão foi tomada pelo desembargador federal Ney Bello, que determinou que ela entregue seu passaporte em até 24 horas.

A prisão de Nelma ocorreu durante uma operação da Polícia Federal para desmantelar uma organização criminosa que se dedicava ao tráfico de cocaína para a Europa. Ela é acusada de tentar enviar 580 kg da droga, que foi apreendida na fuselagem de um avião em 9 de fevereiro de 2021 no aeroporto internacional de Salvador (BA). Segundo a Polícia Federal, parte da droga estaria relacionada ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

Nelma Kodama já havia sido presa anteriormente em março de 2014, no aeroporto internacional de São Paulo, quando tentava embarcar para Milão, na Itália, com 200 mil euros escondidos em sua roupa íntima. Ela foi condenada a 18 anos de prisão em 2014, mas teve a pena extinta em 2017 após um indulto de Natal concedido pelo ex-presidente Michel Temer.

Após a decisão do desembargador Ney Bello, os advogados de Nelma, Bruno Ferullo e Felipe Cassimiro, elogiaram a determinação, afirmando que o magistrado “honra o Poder Judiciário pátrio ao proferir uma decisão em habeas corpus que está em total consonância com os valores fundamentais da Constituição Federal”.

A história de Nelma Kodama ganhou destaque em 2014, quando se tornou a primeira delatora da Operação Lava Jato. Sua trajetória incluiu sua prisão por tentar embarcar com dinheiro escondido em seu corpo, bem como sua mencionada condenação por tráfico de drogas. O desenrolar de seu caso continuará a ser acompanhado de perto pela imprensa e pela opinião pública.

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