O caso chamou a atenção dos investigadores devido à coincidência entre a data dos depósitos e o vencimento da fatura dos cartões de crédito e outros boletos do desembargador. Além disso, parte dos depósitos foi realizada por Silvia Rodrigues, assistente jurídica, e por Marcos Alberto Ferreira Ortiz, chefe de seção judiciária. Essas descobertas levaram o ministro Og Fernandes, relator do inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a autorizar buscas no gabinete do desembargador e em endereços residenciais do magistrado e dos servidores.
A investigação também revelou que Wilson Vital de Menezes Júnior, suspeito de intermediar a venda de decisões judiciais em nome do desembargador, desempenhou um papel central no suposto esquema. Além disso, o relacionamento entre Wilson e o desembargador, comprovado por mensagens enviadas a partir da rede Wi-Fi da casa do magistrado, indicam uma proximidade significativa entre os dois.
Diante das evidências levantadas, o desembargador foi afastado do cargo por um ano, por ordem do ministro Og Fernandes, e também é alvo de uma reclamação disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Procuradoria-Geral da República (PGR) continua investigando o caso, buscando provas que ajudem a desvendar a extensão do suposto esquema e a relação dos envolvidos.