Outra questão apontada pelos especialistas é a ausência de registro das despesas nos sistemas oficiais de contabilidade, dificultando o acompanhamento diário da execução dos gastos. Apenas órgãos como a Caixa e o Ministério da Educação têm acesso aos valores pagos no dia da eleição, o que gera falta de transparência e controle sobre as despesas.
Além disso, a dispersão das informações prejudica a capacidade dos órgãos de controle de realizarem auditorias eficazes, pois os dados estão descentralizados. Isso também causa dificuldades do ponto de vista da política monetária, já que os recursos não estão centralizados na conta única do governo.
Uma das consequências mais preocupantes é a falsa impressão de que o orçamento público é menor do que realmente é. O governo reclama da falta de margem de manobra sobre o orçamento, mas muitos gastos relacionados a políticas públicas são operados fora do orçamento, sem participação do Congresso, o que distorce a realidade financeira do país.
Diante desses apontamentos, fica evidente a necessidade de maior transparência e controle sobre as despesas públicas, garantindo a legalidade e a eficiência na aplicação dos recursos pelos órgãos governamentais. A sociedade e os órgãos de controle precisam estar atentos para evitar irregularidades e garantir a correta utilização do dinheiro público.