Descriminalização da maconha no México: vitórias e desafios após três anos da decisão da Suprema Corte.

Três anos após a Suprema Corte do México ter descriminalizado o uso recreativo da maconha, a população agora pode desfrutar da droga sem ser perturbada em locais públicos como o Senado e o Ministério da Saúde na capital, Cidade do México. No entanto, mesmo com essa liberdade nas áreas centrais da cidade, a criminalização ainda persiste nas periferias e em cidades menores, afetando principalmente populações pobres e minorias raciais.

Segundo a ativista Lisa Sánchez, diretora da ONG México Unido Contra o Crime (MUCD), a falta de leis para regulamentar o uso de drogas no Brasil pode resultar em situações semelhantes às do México, mantendo os usuários em contato com o narcotráfico devido à falta de acesso seguro nos moldes do álcool e tabaco. Apesar da vitória da descriminalização e permissão de cultivo, a falta de regulamentação ainda causa problemas no México, onde a permissão para o porte e cultivo de maconha pode variar de acordo com a data de emissão, criando cidadãos de primeira e segunda categoria.

No Brasil, estudos mostram que a maioria dos processados por tráfico de drogas são negros, masculinos, pobres e sem conexão com o tráfico. A falta de uma legislação para regulamentar a questão da maconha após a decisão da Suprema Corte em 2021 é um obstáculo, e o processo legislativo no Congresso parece estar estagnado. A reação política no Brasil em relação à regulamentação das drogas não foi tão intensa quanto a PEC das drogas no México, que enfrentou falta de consenso entre Câmara e Senado.

Apesar das dificuldades, o trabalho de ativistas como Lisa Sánchez continua, buscando avanços na regulamentação das drogas no México e no Brasil. A luta por uma legislação que garanta um acesso seguro e equitativo às drogas recreativas é fundamental para garantir a proteção e igualdade de direitos para todos os cidadãos.

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