A descoberta foi possível graças ao uso de tecnologia Lidar, um sistema que utiliza laser para mapear estruturas ocultas sob a vegetação. Os arqueólogos responsáveis pela pesquisa acreditam que Valeriana é a segunda maior cidade maia em densidade, ficando atrás apenas de Calakmul, o maior sítio arqueológico maia da América Latina.
A equipe de pesquisadores descobriu a cidade por acaso, durante uma investigação realizada por Luke Auld-Thomas, estudante de doutorado na Universidade Tulane, nos Estados Unidos. Através de dados disponíveis na internet, Auld-Thomas processou informações com métodos arqueológicos e identificou a presença da antiga cidade maia, que pode ter abrigado de 30 mil a 50 mil habitantes durante seu auge, entre os anos 750 e 850 d.C.
A cidade de Valeriana apresenta características de uma capital e revela evidências de práticas religiosas e culturais dos antigos maias, como cerimônias, enterramentos e jogos de bola. A descoberta reforça a ideia de que as civilizações antigas na região tropical eram complexas e ricas, desmistificando a visão de que eram locais destinados ao declínio.
Os pesquisadores destacam que as mudanças climáticas foram um dos principais fatores que contribuíram para o fim e abandono da cidade, juntamente com a guerra e a conquista por invasores espanhóis no século 16. A utilização do Lidar tem revolucionado a arqueologia na região, possibilitando a descoberta de inúmeras cidades antigas. A pesquisa que detalha a descoberta de Valeriana foi publicada na revista acadêmica Antiquity.
Essa incrível descoberta abre caminho para novas pesquisas e revela a importância de preservar e estudar a história e as civilizações antigas que habitaram a região. A arqueologia continua a nos surpreender com cada nova descoberta, revelando segredos do passado que nos ajudam a compreender melhor a complexidade da história da humanidade.