O escritor B. Kucinski, em um posfácio do livro “O congresso dos desaparecidos”, destaca a importância desse evento, pois ressalta que a expressão “desaparecidos políticos” se tornou conhecida graças aos métodos de extermínio adotados por Estados delinquentes no Sul das Américas. A marcha é uma forma de dar visibilidade a esses crimes e lutar contra a impunidade.
O livro que retrata esse encontro e a marcha até Brasília é classificado como um “drama em prosa” e possui características teatrais que destacam os cenários e personagens emblemáticos. O escritor Marcelo Rubens Paiva, filho do deputado federal desaparecido Rubens Paiva, ressalta a importância da obra de Kucinski em resgatar a memória daqueles que foram vítimas da ditadura e não tiveram a oportunidade de se despedir.
O crítico Márcio Selligman-Silva, também destaca a importância da obra de Kucinski, afirmando que ela permite reimaginar a ditadura e refletir sobre o período neoditatorial de 2016-2022. Segundo ele, a memória desse período deve ser uma espinha dorsal da resistência contra os fascismos que sempre estão presentes.
Assim, o livro “O congresso dos desaparecidos” e o evento retratado nele servem como uma forma de resgatar a memória daqueles que foram vítimas da ditadura, dar visibilidade a esses crimes e lutar contra as impunidades. A marcha até Brasília é um ato político que visa exigir justiça e não permitir que esses crimes sejam esquecidos.