Deputados são pressionados a seguir para sessão, causando ausência da oposição e impetrar mandado de segurança hoje.

Deputados estaduais sob pressão e com máscara fizeram uma sessão ontem. Conforme as informações, espera-se uma possível judicialização do evento devido à falta de condições para a realização da sessão. A ausência dos deputados da oposição, de acordo com fontes, foi uma forma de denúncia das ilegalidades com que o processo foi tramitado na Assembleia. Segundo líderes da oposição, a decisão tomada foi de entrar com um mandado de segurança, se possível, nas primeiras horas do dia seguinte.

O debate sobre a reestatização do serviço de saneamento é o tema em pauta em várias cidades do mundo. Segundo Guilherme Boulos, deputado federal do PSOL-SP, a privatização não tem se mostrado sinônimo de eficiência, citando o caso da Enel, enquanto a Sabesp é tida como uma prova de que uma empresa pública não é necessariamente ineficiente. O governo Tarcísio teria abordado o tema de forma ideológica e rebaixada.

Relatos indicam que, mesmo sem uma decisão final sobre a possível cassação de Sergio Moro (União-PR), o ex-juiz já está sendo tratado como “ex-senador em exercício” por colegas do Senado. Segundo o colunista Leonardo Sakamoto, até mesmo membros do bolsonarismo parecem manter distância dele, mesmo após o ex-juiz se reaproximar de Jair Bolsonaro. Senadores da base do governo Lula chegam a se referir a Moro, de maneira irônica, como um “morto-vivo”, sinalizando a sua futura saída. Conforme Sakamoto, essa situação é um tanto constrangedora e aponta para o isolamento do ex-ministro por parte dos grupos políticos.