Para Jordy, essa ação é uma maneira de transformá-lo em bode expiatório e dar um recado do STF ao Congresso Nacional. Ele alega que a autorização de Moraes é uma estratégia para manter o inquérito no STF, criando justificativa para que manifestantes golpistas também fiquem sob tutela do Supremo.
O deputado afirma que conversou com colegas, incluindo o presidente da Câmara, Arthur Lira, e que espera uma ação coordenada do Legislativo para avançar com pautas contra o que chama de “superpoderes” do STF. O clima dentro da bancada de oposição é de indignação, e Lira lhe disse que não foi avisado de que a operação aconteceria, com diligências dentro da Câmara dos Deputados.
Moraes autorizou as buscas e apreensões contra Jordy motivado por telefonemas e mensagens de um investigado por organizar atos golpistas em Campos dos Goytacazes. Segundo a PF, foram descobertos indícios de “fortes ligações” entre o suplente de vereador de Campos Carlos Victor de Carvalho e Jordy.
Carlos Victor organizava ao menos 15 grupos de WhatsApp com mensagens de teor golpista, além de manifestações antidemocráticas. Há indicações de que Jordy orientava CVC e “tinha o poder de ordenar as movimentações antidemocráticas, seja pelas redes sociais ou agitando a militância da região”.
Na operação, agentes federais cumpriram mandados de busca no Rio de Janeiro e no Distrito Federal contra o parlamentar e outros nove investigados. Jordy afirmou ser vítima de uma “medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal”.
Colegas do PL e os filhos do ex-presidente Bolsonaro saíram em defesa dele, afirmando que a medida de Moraes foi autoritária e fruto de perseguição política. Os bolsonaristas temem que mais aliados de Bolsonaro sejam implicados e possam ser alvos de ações da PF.