Segundo Alencar Santana, acabar com o parcelado é um “retrocesso”, e por isso ele assinou o manifesto. Para o deputado, o parcelado sem juros foi uma conquista da sociedade brasileira e da política de estabilidade econômica. Ele afirma que acabar com essa modalidade de pagamento será um retrocesso que impactará o poder de compra do consumidor e a economia do país. Alencar Santana ressalta que o parcelado não é a razão da inadimplência no país, mas sim os juros altos.
Idealizado por 11 entidades, como a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o Sebrae e a FecomercioSP, o movimento em defesa do parcelado sem juros reúne 96 mil assinaturas em seu manifesto online. Atualmente, há 18 entidades apoiando a iniciativa, segundo informações do site do movimento.
O projeto de lei com as regras do programa Desenrola Brasil, que prevê o limite para os juros do rotativo do cartão, foi aprovado na Câmara em 5 de setembro e no Senado em 2 de outubro. O parcelamento de compras sem juros não foi tema de discussão no projeto de lei, mas o relatório aprovado por deputados dá 90 dias para as instituições do sistema financeiro definirem um patamar de juros para o rotativo e para o parcelamento da fatura do cartão.
Caso as instituições não consigam o aval nesse período, será aplicável o teto que limita a dívida ao dobro do montante original. O Banco Central tem coordenado reuniões com representantes de bancos, adquirentes, cartões e varejo para discutir a regra. Atualmente, os juros do parcelamento sem juros superam os 400% ao ano.
Dessa forma, a defesa do pagamento parcelado sem juros ganha força, reunindo entidades e políticos em prol da manutenção dessa modalidade de pagamento, que é considerada uma conquista importante para os consumidores brasileiros. A discussão sobre o tema permanece em destaque, com a participação de diversos setores da economia.