Denúncia de discriminação contra mulheres casadas em fábrica de iPhone na Índia gera repercussão internacional e pressão por investigação.

Uma recente investigação da agência de notícias Reuters revelou que a Foxconn, empresa sediada em Taiwan e fornecedora da gigante de tecnologia Apple, vinha praticando discriminação de gênero em suas contratações na Índia. Segundo o relatório, a empresa excluía sistematicamente mulheres casadas de seus quadros de funcionários na fábrica de iPhones em Tamil Nadu.

Essa revelação provocou intensos debates não só na mídia, mas também entre grupos de defesa dos direitos das mulheres e até mesmo dentro do partido do primeiro-ministro indiano Narendra Modi. O National Human Rights Commission (NHRC) manifestou preocupação com a violação do direito à igualdade e oportunidades iguais caso as alegações fossem verdadeiras.

Diante da pressão, o governo federal de Modi solicitou um relatório detalhado ao Estado de Tamil Nadu sobre o caso. O Ministério do Trabalho de Modi, a Apple e a própria Foxconn não responderam imediatamente aos pedidos de comentários, gerando ainda mais questionamentos sobre a conduta das empresas envolvidas.

Tanto a Apple quanto a Foxconn admitiram falhas em suas práticas de contratação em anos anteriores, mas não abordaram especificamente as alegações de discriminação de gênero em relação às mulheres casadas na fábrica de Tamil Nadu. A Foxconn, por sua vez, negou veementemente as acusações e afirmou que não pratica discriminação com base no estado civil, gênero, religião ou qualquer outra forma.

Diante da repercussão do caso, espera-se que as autoridades indianas e as empresas envolvidas tomem medidas concretas para garantir a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho e acabar com qualquer tipo de discriminação de gênero. A sociedade civil e os defensores dos direitos das mulheres continuarão a pressionar por justiça e igualdade, em um cenário que coloca em xeque as práticas de contratação de grandes empresas multinacionais.

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