Em uma entrevista à imprensa, Dallagnol criticou os abusos que, segundo ele, estão ocorrendo no Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente em relação às prisões preventivas sem acusações formais e ao impedimento de acesso aos autos pelas defesas. Ele ressaltou a diferença de abordagem entre a Lava Jato e as atuais investigações contra o bolsonarismo, destacando a transparência e respeito às garantias legais que, segundo ele, caracterizaram a operação em Curitiba.
Após sua saída do Ministério Público e ingresso na política, Dallagnol tem se dedicado a capacitar lideranças pelo país e participa regularmente de debates em um site de notícias. Ele também marcou presença em um protesto ao lado de Bolsonaro na avenida Paulista, mostrando seu apoio ao atual presidente.
A Lava Jato, que completou dez anos desde sua primeira fase, entrou em declínio em 2018 devido a contestações sobre seus métodos, como a utilização de prisões antes dos julgamentos e a dependência de delações premiadas. A divulgação de mensagens hackeadas em 2019, que comprometiam a imparcialidade de alguns participantes da operação, também contribuiu para a perda de credibilidade.
Dallagnol continua ativo na mídia e defende sua atuação na Lava Jato, destacando a importância da exposição pública dos fatos para o sucesso da operação. Ele também critica a politização do Ministério Público e da Polícia Federal, apontando um possível esforço para “domesticar” essas instituições.
Diante de críticas e questionamentos, Dallagnol reafirma sua postura e sua convicção de que agiu dentro da Constituição e da lei durante sua atuação na Lava Jato. Sua exoneração do Ministério Público, em 2021, foi uma decisão difícil, mas sua entrada na política foi motivada pela necessidade de continuar lutando contra a corrupção e defender as causas nas quais acredita.