Defesa de Bolsonaro pede arquivamento de inquérito sobre desvio de joias e itens de luxo durante mandato como presidente.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro entrou com um pedido junto ao STF nesta sexta-feira (2) solicitando o arquivamento imediato do inquérito que investiga ele e seus auxiliares por suposto desvio de dinheiro de joias e outros itens de luxo recebidos durante seu mandato na Presidência da República.

No pedido, os advogados de Bolsonaro mencionaram o relógio Piaget presenteado ao ex-presidente Lula em 2005, durante seu primeiro mandato, como exemplo de como autoridades podem fazer uso de bens pessoais legitimamente atribuídos. Segundo a defesa, Bolsonaro simplesmente utilizou-se de itens de seu patrimônio pessoal, dentro dos parâmetros estabelecidos pelo órgão competente.

Os advogados do ex-presidente protocolaram um memorial de 98 páginas no STF, no qual argumentam que a investigação contra Bolsonaro é “kafkiana”, em referência ao autor Franz Kafka conhecido por obras que abordam temas relacionados à burocracia e injustiça. Eles também afirmam que não há fundamentação adequada para a continuidade do inquérito.

Diante desse cenário, o pedido da defesa de Jair Bolsonaro levanta questões sobre a legalidade e fundamentação da investigação em curso, colocando em xeque a validade das acusações de desvio de dinheiro de joias e artigos de luxo. O embate jurídico entre a defesa do ex-presidente e as autoridades responsáveis pela apuração promete novos desdobramentos nas próximas semanas.

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