No pedido, os advogados de Bolsonaro mencionaram o relógio Piaget presenteado ao ex-presidente Lula em 2005, durante seu primeiro mandato, como exemplo de como autoridades podem fazer uso de bens pessoais legitimamente atribuídos. Segundo a defesa, Bolsonaro simplesmente utilizou-se de itens de seu patrimônio pessoal, dentro dos parâmetros estabelecidos pelo órgão competente.
Os advogados do ex-presidente protocolaram um memorial de 98 páginas no STF, no qual argumentam que a investigação contra Bolsonaro é “kafkiana”, em referência ao autor Franz Kafka conhecido por obras que abordam temas relacionados à burocracia e injustiça. Eles também afirmam que não há fundamentação adequada para a continuidade do inquérito.
Diante desse cenário, o pedido da defesa de Jair Bolsonaro levanta questões sobre a legalidade e fundamentação da investigação em curso, colocando em xeque a validade das acusações de desvio de dinheiro de joias e artigos de luxo. O embate jurídico entre a defesa do ex-presidente e as autoridades responsáveis pela apuração promete novos desdobramentos nas próximas semanas.